Era uma vez uma menina grande. Ela adorava ser grande porque, para ela, isso significava que poderia fazer o que quisesse. E foi. Fez de tudo para que além de grande, fosse grandiosa.
As pessoas que a cercavam gostava dela e não se importavam com seu tamanho. Ela, então, era feliz.
Mas conforme crescia sentia que nunca conseguiria estar totalmente preenchida, porque ela era muito grande. E aos poucos percebia que seu tamanho era incomodo para quem convivia com ela. Ocupava muito espaço e muito tempo das pessoas que a amavam, e elas acabavam indo embora. Entendeu também que há uma enorme diferença entre ser grande e ser grandiosa.
Então recolheu-se em si. Refugiou-se. Escondeu-se. Anulou-se para poder dar espaço. Acomodou-se a uma tristeza e assim, diminuiu até quase não mais existir.
Dizem, hoje em dia, que ela se encontra lá, procurando equilíbrio para não ser tão grande a ponto de incomodar, e nem tão pequena a ponto de não mais existir. Fim.
me identifiquei muito.
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