(...) Entre todos os seus olhares profundos demais, suas palavras doces
e todo o pouco de mundo inteiro que você me deu, não cabe em alguma explicação
pensar que, de todo o amor que você tem pra dar, não fui eu quem coube nesse
encaixe. E mesmo que eu te admire muito e você me ache linda, não há como
encaixar um quadradinho num formato de coração.(...) E eu aqui feito Dom
Quixote procurando moinhos de vento para lutar por você. Sabendo que mesmo que
eu vença todas as batalhas, você vai continuar sendo o cara que gosta de tudo o
que eu sou, de tudo o que eu gosto, e mesmo assim, prefere a companhia da
solidão.
Tudo bem, o tempo vai passar e eu vou encontrar em outros olhos o que
você não quis me dar.(e eu não te culpo, a vida dá dessas).
E então aquela ideia babaca de destino volta a me perturbar.
Por que dentre tantas as pessoas que se esbarram no mundo, fomos logo
nos esbarrar? E por que, dentre tantos mundos e fundos onde me enfio, foi logo na
palma das suas mãos que eu encontrei um lugar para pertencer? E por que, se há
tantos anos procuro um local de pertencimento, logo agora percebi que não se
trata de ser um lugar? Por que de repente, uma certeza me assusta mais que
todas as dúvidas que eu já pude questionar? (...)
... E essa mania de lembrar de tudo feito um gravador.
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