quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sobre o que nos inspira e o que nos transborda...




Penso que foi ela quem me fez virar artista. Porque a arte não é profissão. Arte é questão de sobrevivência... E a arte nada mais é do que um olhar apaixonado e profundo sobre as coisas banais da vida. Foi ela quem fez uma explosão de cores, tonalidades, sabores, cheiros, palavras... E quando misturei tudo, fui tomado por um ímpeto criativo. Escrevi poesias com pinceis e tinta. Compus uma ópera com formas e novas cores que inventei a partir do brilho daquele olhar. Olhar que me dizia tanto e me entregava pronta toda a minha obra. (volta à tristeza) Mas a vida dela era coisa demais. Era tudo tanto e tão intenso que durou o tempo de um amor de verão. (pausa) Ela se foi. Deus a quis para si, talvez para que ela pudesse inspirá-lo a modificar o que há de triste no mundo. E a partir daí... Tudo virou neblina. Nada mais tem cor.