quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sobre uma estranha rosa...






Como me sinto?
É assim que me sinto: inundada de emoções. Paixões. Vontades.Palavras. Perfumes. E até medos que compõem o que sou.
Ninguém quer saber.
Me sinto assim, inútil para o mundo. O mundo quer dinheiro, tempo é dinheiro.
Me sinto sem saber como ganhar o que o mundo quer.
O que tenho para dar pode deixar o mundo mais belo. Mas me sinto como uma flor que não pode ser arrancada de suas raízes para ser vendida na floricultura.
Essa flor sobreviverá muito mais tempo, porque uma vez arrancada de sua terra ela sabe o quanto de tempo tem até perder-se por aí.
Mas qual a razão de sua sobrevivência se ela não contribuirá para o imposto do país?
Se sente prepotente por achar que não pertence a esse mundo. Por que não pode se encaixar? Por que não quer se encaixar? Porque não quer. E ‘porque não’ não é resposta.
Como pode então sobreviver com a mesma cor e perfume? Não pode. Tem que ser vermelha, e cheirar a mato. Como todas as rosas que prestam para serem cortadas, levadas à loja e vendidas junto às outras rosas. Precisa se encaixar, para sobre-viver existindo.







Será que sou assim me vou sem ver o que não vi. Será que penso que me vou ainda fico aqui

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Sobre 5 minutos...


Gosto tanto de me ver sob a perspectiva dos seus olhos.
Vezenquando verde-calmaria, vezenquando azul-tempestade.
Mas sempre cor de carinho, compreensão. 
Quanto mais exiges de mim, mais amor eu sinto.
Meu amigo, irmão, companheiro dos momentos únicos e até dos esquisitos.
Às vezes, confusos que somos, rimos das desgraças e choramos de alegria.
Às vezes sinto que só você me entenderia (e acerto).
Eu me sinto bagunçada, você vem e me conserta.
Me sinto acabada e você me recomeça.  
Com você tudo é doce, leve.  É como se eu me sentasse à beira de um rio calmo em uma tarde de primavera.  Nesse encontro de almas que chamam amizade, eu só agradeço por você ter caído aqui na minha frente. Com esses olhos lindos cor de eternidade. 

para meu amigo Renato. 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sobre amor - próprio demais



Você ficava lindo de mãos entrelaçadas às minhas.Tivemos em minutos um pouco de mundo inteiro que me encantava e intrigava ao mesmo tempo.
E eu com medo de te desinteressar ia tateando todas as formas que eu encontrava de me misturar a você.
Você ficava lindo andando ao meu lado nas ruas, me contando histórias antigas de como você deixava sua marca no dia-a-dia da vizinhança. E eu tentava buscar em todas aquelas histórias um pedido de resgate. Como se você quisesse que eu passasse a percorrer aqueles caminhos com você, fazendo agora novas pegadas onde as antigas já estavam gastas... E ao perceber o quanto você ficava lindo enfeitando o meu ser. Não consegui ver, que amava em você aquilo que faltava em mim... E me esqueci de amar você.

... É que narciso acha feio o que não é espelho. 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Sobre uma não-relação a três.



Meu caro, eu não aguento mais mentir assim. Você é tudo pra mim, faz tudo por mim. Mas não posso deixar de dizer que nunca fui sua. Não consigo ser. Do nada você me aparece e parece ser tudo de mais certo que a vida colocou aqui. Com você eu tenho carinho. Mas continuo sem nada. Como aquelas crianças ricas que tem todos os brinquedos, mas só queriam a atenção dos pais. Com você tudo tende a dar certo. E eu adoro isso. Adoro você. Mas com você eu respiro.
Meu caro, o que realmente acontece é que com ele eu viro do avesso, não sei o que é fim nem começo, perco a noção da hora, a noção do tudo e do nada. Ele me causa um mal que nem toda a sorte de azares poderia contar. Ele me arranca a roupa e com as mentiras que eu construí pra ser um forte em minha alma e proteger do mal. O mal que ele me faz parece um furacão - incêncio - enchente. E eu mal posso respirar.

E de tanto tentar entender fiquei burra. E de tanto tentar esquecer fiquei tonta. E de tanto tentar te querer me acho injusta. Esse amor-egoísta é pra mim, pra ele ou pra você? Todos saem ganhando se eu te amar. Mas amor não se dá por merecimento.
E eu olho pra ele e simplesmente sei que de nada consigo saber quando ele aparece.  Ele chega perto e eu me desconserto. Ele me rouba até não me sobrar nada.
E é por isso que de tanto nada ter, perdi tudo e agora não sobrou nada pra você. 

...