terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sobre desassossegos...

Sinto sua falta sem saber dizer se a falta é sua ou se a falta é de mim antes de você.
Sinto-me só e sem sentido. Sei que só me sobra seguir. Mas até o norte eu perdi.
A saudade que me segue, subtrai o pouco de perspectiva que eu via lá no fim da estrada. No silêncio me desassossego. Como se precisasse de sons ensurdecedores para ocupar o vazio da espera de te ver voltar. Sobra uma porção de horas inúteis pra pensar em você e me sufoco de culpa por pensar assim.
Saia daqui seu sedutor barato. 


Odeio você. Odeio você. Odeio você. Odeio. 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Não vou te encontrar no metrô República



É feio o que eu faço.
pensar o tempo todo em como te encontrar por algum acaso.
Acaso esse que propositalmente planejo.
E falho.
Não sei controlar essa vontade de você.
Não sei como agarrar de vez seu querer.
Só sei que te quero quase que por mimo.
E talvez tendo você eu não te quisesse quase nada.
E talvez eu quisesse a vida toda.
Não vou te encontrar se o acaso não quiser.
Sei que olho por todo lado, mas não acho.
Uma saída ou uma sanidade para me segurar
Já tentei me aliar ao tempo, mas o tempo passa...
Isso só faz meu querer aumentar.
Às vezes me pego distraída,
(Tento propositalmente me distrair)
Por que o acaso gosta de por o acaso.
E vai que assim, quando eu não esperar...
Você aparece me faz surpresa.
Diz que me quer e que esperava exatamente
O acaso nos juntar.


" o queres e o estares sempre afim do que em mim é de mim tão desigual. faz-me querer-te bem querer-te mal, bem a ti. Mal ao quereres assim."

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sobre ela...




Ela vê o mundo como se folheasse uma partitura musical muito complexa.
Os sons e cheiros compõem a visão de tudo o que ela sonha que seria o ideal.
Por muitas vezes se sente em um filme europeu de um diretor famosíssimo – lê-se: estranhíssimo – desses filmes que você finge que entendeu fazendo sua melhor cara de conteúdo, mas que na verdade você queria mesmo era o dinheiro do ingresso de volta.
Ela se sente um furacão às vezes e não consegue compreender ao certo onde ela começa e os outros terminam. Tem ideias geniais que já foram pensadas por outras pessoas.
Finge que sozinha pode dominar o mundo, mas no fundo sabe que precisa tanto dos outros a ponto de morrer de medo de não ter ninguém por perto.
Ela gostaria de ser um pássaro, uma leoa, às vezes uma hiena e às vezes um dragão. Às vezes ela gostaria de ser ela mesma, mas só às vezes (como isso é uma obrigação diária, acaba caindo na rotina).  E então ela se reinventa.
A pessoa em questão se questiona sobre a enorme questão de conviver com as outras pessoas. Essa pessoa descobriu que não pertence a lugar nenhum. Descobre a cada dia que o local de pertencimento pode não ter endereço e CEP, mas pode ter RG e CPF. E sabe que pertencer a si mesmo é a parte mais difícil de jogar o jogo.
Ela está certa de que o local de nascimento é aquele em que lançamos olhares inteligentes sobre nós mesmos. Mas duvida muito que realmente saiba o que significa “inteligente”.
Ela tem absoluta certeza de que as palavras não significam realmente o que está no dicionário. Procura criar um mundo só dela. Onde não tenha gente que passe fome ou frio. E reza todas as noites (mesmo não sabendo pra quem) pedindo que o mundo do qual ela pertence se pareça com um mundo que ela criou.
Para ela, a religião significa amar ao outro e tentar amá-lo até quando isso parece impossível. Ela procura compreender. E compreender porque é tão difícil para o mundo compreendê-la.
O sonho dela é ser simples. Mesmo sabendo que os humanos são quebra-cabeças inincaixáveis e sobrepostos que confundem o tempo todo o ódio e o amor.
Ela sabe que nada sabe, e mesmo assim busca saber. Ela sabe que o importante é o processo mas busca desesperadamente por resultados. Ela só quer aprender a comunicar o que ela sente, mas palavras não foram inventadas ainda para explicar. 

I am he as you are he as you are me and we are all together...

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sobre uma estranha rosa...






Como me sinto?
É assim que me sinto: inundada de emoções. Paixões. Vontades.Palavras. Perfumes. E até medos que compõem o que sou.
Ninguém quer saber.
Me sinto assim, inútil para o mundo. O mundo quer dinheiro, tempo é dinheiro.
Me sinto sem saber como ganhar o que o mundo quer.
O que tenho para dar pode deixar o mundo mais belo. Mas me sinto como uma flor que não pode ser arrancada de suas raízes para ser vendida na floricultura.
Essa flor sobreviverá muito mais tempo, porque uma vez arrancada de sua terra ela sabe o quanto de tempo tem até perder-se por aí.
Mas qual a razão de sua sobrevivência se ela não contribuirá para o imposto do país?
Se sente prepotente por achar que não pertence a esse mundo. Por que não pode se encaixar? Por que não quer se encaixar? Porque não quer. E ‘porque não’ não é resposta.
Como pode então sobreviver com a mesma cor e perfume? Não pode. Tem que ser vermelha, e cheirar a mato. Como todas as rosas que prestam para serem cortadas, levadas à loja e vendidas junto às outras rosas. Precisa se encaixar, para sobre-viver existindo.







Será que sou assim me vou sem ver o que não vi. Será que penso que me vou ainda fico aqui

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Sobre 5 minutos...


Gosto tanto de me ver sob a perspectiva dos seus olhos.
Vezenquando verde-calmaria, vezenquando azul-tempestade.
Mas sempre cor de carinho, compreensão. 
Quanto mais exiges de mim, mais amor eu sinto.
Meu amigo, irmão, companheiro dos momentos únicos e até dos esquisitos.
Às vezes, confusos que somos, rimos das desgraças e choramos de alegria.
Às vezes sinto que só você me entenderia (e acerto).
Eu me sinto bagunçada, você vem e me conserta.
Me sinto acabada e você me recomeça.  
Com você tudo é doce, leve.  É como se eu me sentasse à beira de um rio calmo em uma tarde de primavera.  Nesse encontro de almas que chamam amizade, eu só agradeço por você ter caído aqui na minha frente. Com esses olhos lindos cor de eternidade. 

para meu amigo Renato. 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sobre amor - próprio demais



Você ficava lindo de mãos entrelaçadas às minhas.Tivemos em minutos um pouco de mundo inteiro que me encantava e intrigava ao mesmo tempo.
E eu com medo de te desinteressar ia tateando todas as formas que eu encontrava de me misturar a você.
Você ficava lindo andando ao meu lado nas ruas, me contando histórias antigas de como você deixava sua marca no dia-a-dia da vizinhança. E eu tentava buscar em todas aquelas histórias um pedido de resgate. Como se você quisesse que eu passasse a percorrer aqueles caminhos com você, fazendo agora novas pegadas onde as antigas já estavam gastas... E ao perceber o quanto você ficava lindo enfeitando o meu ser. Não consegui ver, que amava em você aquilo que faltava em mim... E me esqueci de amar você.

... É que narciso acha feio o que não é espelho. 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Sobre uma não-relação a três.



Meu caro, eu não aguento mais mentir assim. Você é tudo pra mim, faz tudo por mim. Mas não posso deixar de dizer que nunca fui sua. Não consigo ser. Do nada você me aparece e parece ser tudo de mais certo que a vida colocou aqui. Com você eu tenho carinho. Mas continuo sem nada. Como aquelas crianças ricas que tem todos os brinquedos, mas só queriam a atenção dos pais. Com você tudo tende a dar certo. E eu adoro isso. Adoro você. Mas com você eu respiro.
Meu caro, o que realmente acontece é que com ele eu viro do avesso, não sei o que é fim nem começo, perco a noção da hora, a noção do tudo e do nada. Ele me causa um mal que nem toda a sorte de azares poderia contar. Ele me arranca a roupa e com as mentiras que eu construí pra ser um forte em minha alma e proteger do mal. O mal que ele me faz parece um furacão - incêncio - enchente. E eu mal posso respirar.

E de tanto tentar entender fiquei burra. E de tanto tentar esquecer fiquei tonta. E de tanto tentar te querer me acho injusta. Esse amor-egoísta é pra mim, pra ele ou pra você? Todos saem ganhando se eu te amar. Mas amor não se dá por merecimento.
E eu olho pra ele e simplesmente sei que de nada consigo saber quando ele aparece.  Ele chega perto e eu me desconserto. Ele me rouba até não me sobrar nada.
E é por isso que de tanto nada ter, perdi tudo e agora não sobrou nada pra você. 

... 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

sobre uma 'Beautiful Mess'...





Quase nunca sinto que me encaixo no mundo. Essa unidade de tempo é diferente da minha.
Não me encontro nessas regras sem emoção. E tudo me parece tediosamente burocrático.
Não sei valorizar o que se valoriza. E pouco me importa se os outros têm uma mansão ou um castelo de areia. Me sinto rica e no entanto minha moeda de troca não vale pra nada, e quase pra ninguém.  


Mas aí eu encontrei você.


E pouco me importa eu não ter um lugar pra mim se eu couber dentro dos seus abraços.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Se não fosse Deus bancando o escritor



(...) Entre todos os seus olhares profundos demais, suas palavras doces e todo o pouco de mundo inteiro que você me deu, não cabe em alguma explicação pensar que, de todo o amor que você tem pra dar, não fui eu quem coube nesse encaixe. E mesmo que eu te admire muito e você me ache linda, não há como encaixar um quadradinho num formato de coração.(...) E eu aqui feito Dom Quixote procurando moinhos de vento para lutar por você. Sabendo que mesmo que eu vença todas as batalhas, você vai continuar sendo o cara que gosta de tudo o que eu sou, de tudo o que eu gosto, e mesmo assim, prefere a companhia da solidão. 
Tudo bem, o tempo vai passar e eu vou encontrar em outros olhos o que você não quis me dar.(e eu não te culpo, a vida dá dessas).

E então aquela ideia babaca de destino volta a me perturbar.
Por que dentre tantas as pessoas que se esbarram no mundo, fomos logo nos esbarrar? E por que, dentre tantos mundos e fundos onde me enfio, foi logo na palma das suas mãos que eu encontrei um lugar para pertencer? E por que, se há tantos anos procuro um local de pertencimento, logo agora percebi que não se trata de ser um lugar? Por que de repente, uma certeza me assusta mais que todas as dúvidas que eu já pude questionar? (...)

... E essa mania de lembrar de tudo feito um gravador.  

terça-feira, 18 de junho de 2013

Sobre esperança de um novo amanhã...


Todos os dias ao acordar eu leio um panfleto que recebi na peça “Opera dos Vivos”- da Cia do Latão em 2011. Gostei muito da frase, principalmente porque coincidiu com o momento em que eu decidia que além de atriz e cantora, também queria ser dramaturga. O panfleto, desde então, fica no meu mural, junto às fotos dos meus amigos e familiares mais queridos. 

Lutar com palavras. 
Por muitas vezes tenho receio de expor a minha opinião sem pensar MUITO antes de falar. Tenho receio de parecer ou ser contraditória. Mas como não ser contraditório na atualidade onde tudo o que nos cerca parece mais uma metáfora mal formulada do que um relato real dos acontecimentos?
Como formar sua opinião a cada dia, se os fatos se atropelam e tudo é tão manipulável que você questiona se está sendo manipulado ou se está pensando realmente baseando-se em tudo o que você aprendeu, refletiu, solucionou com a própria cabeça e coração? (Sim, eu acredito que o coração também pensa. Do jeitão dele, mas pensa). 
Quanto ao que parece sem frutos. 
Penso que meu papel como artista vai além de fazer o que é Belo. Muito além de fazer o público se emocionar e vibrar ao distrair-se e divertir-se. Penso que preciso fazer pensar. E o mais delicioso é ouvir as pessoas refletindo sobre o que viram, ou ouviram. Nesse momento elas tomam a minha arte para elas, e um pedaço de mim fica guardado ali. E o mais bonito disso é que a arte é de todos e quanto mais compartilhada melhor ela cumpre com sua função.  Mas tudo parece em vão, quando é preciso dar tantas voltas para finalmente conseguir compartilhar sua arte. Não tem espaço, não tem interesse, não tem onde nem por que. No mercado de trabalho e aqui eles só compram o que “vende” comercialmente para o público... E no teatro as pessoas não querem ir para “pensar”. (É o que dizem. Eu discordo. Mas continuo com portas fechadas para mim). Senti um vazio enorme quanto à minha função na sociedade. Não desisto, vou encontrar meu lugar no mundo... Mas, por enquanto, parece sem frutos

Tudo me parecia lindo e incompleto.  A Luta parecia em vão. Em meio a tanta confusão que o mundo me mostrava, tudo parecia corrompido, o sentido das palavras, seu real significado, seu novo significado, a violência e velocidade da roda da vida que parecia atropelar todo o meu país. Eu cheguei a refletir que a inversão das palavras me parecia mais apropriada. Não tem luta. Não tem palavras. Me parece e (é) sem frutos. Só tem carne, sangue e luto. 

E então, eis que chegou um dia muito importante para essa frase. E para a minha vida: Dia 17 de junho de 2013. 
Disseram desse dia que um gigante acordou. Eu tenho para mim que já tinha muita gente acordada. Mas também acuada, com medo da repressão dos conhecidos por dizerem o que queriam o que sentiam e o que precisavam dizer para não morrerem sufocadas. Era a insatisfação geral que essa gente engolia junto com café com pão de cada manhã. Por muitas vezes pensando “não posso reclamar, o que eu tenho não é muito, mas já é alguma coisa”. E a indignação cada vez maior com tudo o que se ouve e lê pelos jornais. É um país que de tão cansado e sufocado não sabia nem por onde começar a lutar. 
Mas alguém começou. E os pequenos gigantes que, estavam acordados - mas um pouco desnorteados, conseguiriam levantar suas cabeças cansadas e envergonhadas e olhar para os lados. Viram então, que não estavam sozinhos.
E tinha também uns “tals playboyzinhos” que tinham opinião. Claro que eles tinham. Tiveram a oportunidade de usufruir da educação. Tiveram grandes mestres professores que ensinaram o caminho para formar sua própria opinião. Esses “boyzinhos” tiveram a chance que eles querem que todos ao seu redor também tenham: A chance do alimento para além da sobrevivência “animal”.
 A chance de saciar a fome que sustenta a dignidade, a mente e o coração. Orgulho é a palavra que significa muito mais que um egoísmo besta. ORGULHO é o que se deve sentir ao se levantar da cama e percorrer seu caminho, dia após dia, rumo a mais bonita história que você vai escrever. A sua e a do seu povo.

Portanto, querido Drummond de Andrade. Hoje, eu acordei li sua frase e sorri. 
Lutar com palavras
parece sem frutos.
Não têm carne e sangue... 
Entretanto, luto. 

Entretanto, tem luta.
As palavras são fruto de uma geração que não vai mais se calar.
Os frutos virão. Nem que percamos nossas vozes de tanto gritar.
O povo agora entendeu onde fica o seu lugar
O povo agora sabe que vale a pena falar
E se não valer, nós faremos valer. 
O povo agora sabe onde fica o seu lugar.  


*Gostaria de ressaltar que, apesar da frase utilizada para o meu momento de reflexão mostrar que a luta com palavras não machuca ninguém, me refiro às manifestações que sofreram repressão policial e alguns atos de vandalismo que acabaram por machucar pessoas, jornalistas e policiais. A todos que passaram por isso, devo o meu respeito e torço para que se recuperem da melhor forma possível. Aproveito para agradecer também por terem lutado por mim.


sábado, 1 de junho de 2013

Sobre os fardos pesados demais...



Estou há um tempo tentando comprar um espelho.
Mas talvez não seja a merda da falta de dinheiro que me impede (ou impeça).
Talvez seja a falta de coragem de me olhar do jeito como eu sou.
É difícil demais entender seus próprios erros imperdoáveis.
Difícil ver que nada é como você quer/ou pensou que seria.
Difícil é enxergar/encarar a realidade.
Difícil é viver onde as pessoas não são de verdade. Difícil é ser como sou. "Só a mim me coube ser eu". Mas às vezes esse fardo é pesado demais. E dói. Crescer dói. As interrogações são quase espinhos. E as pessoas não são de verdade. Não falam a verdade. Não  vivem de verdade, e ainda assim, jogam merda no ventilador.


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Sobre contradições ...




De todas as grandes contradições da vida
No amor encontro a maior delas 
É um fogo que queima e aquece a alma
Aprisiona libertando-nos de nós mesmos
Deixa dúvidas certas e certezas irrefutáveis
Enlouquece-nos com a plena sanidade
Nos faz morrer de alegria com o deleite da presença
Nos faz morrer de agonia com a tristeza da saudade. 

' tão contrário a si é o mesmo amor... ' 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sobre...






Teu corpo no meu e seus olhos me penetram fundo. Me reconheço igualmente frágil e forte.
Me conheço mulher.
Deixo o instinto tomar conta de cada poro. O mundo para. E volta. “Boca nuca mão e a mente não”. A alma despida junto às roupas jogadas pelo chão da casa.
E a dança continua até dois corpos se tornarem um contrariando qualquer lei que à isso impeça. Corpos imperfeitos que se interpenetram em busca de algum sentido para o que porta-a-fora-dali é complicado, inexplicável, inexplicado.
E assim como o sol clareia, clareia mente e o gosto de menta nos dentes combina com as roupas de volta ao seu lugar de antes. A casa está como antes. Os corpos plurais se dividem e se vão.
Mas nada está como antes. 


... Pra poesia que a gente não vive. Transformar o tédio em melodia... 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Sobre uma nova história a caminho ...



Narrador: 
É que tem coisas que entorpecem por entorpecer. Já está no ar.
E esse salto no abismo, que você deu sem querer.
Traz grandes consequências no momento de pousar. 


"Um corpo sem alma é só um corpo. Ela precisa saber."

quinta-feira, 4 de abril de 2013

... ócios do ofício




É solitário andar só por entre as palavras.
Essas me trazem mundos, campos,cores, ventos, amores, encontros, saudades.
Ainda assim, no fim do dia, volto à minha solidão entre virgulas, dúvidas, ponto e exclamação.

terça-feira, 2 de abril de 2013

... O que a gente não esquece...





Como acreditar no amor quando, a cada dia, alguém te mata em silêncio, aos poucos e sem derramar uma gota de sangue? 


A gente escreve... A gente cresce.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Não sei seu sou eu quem anda em círculos...



É como se por tantos caminhos tivéssemos escolhido aquela rua que cruza com aquela outra e que a gente podia ter ido pela rua de cima, ou pela rua de baixo. Também chegaríamos. Mas escolhemos aquela rua em que nossos caminhos se cruzaram... É como se fosse pra ser. É como se esse encontro estivesse marcado para acontecer. Como se eu soubesse o que fazer agora que isso veio a acontecer. Não foi como eu pensei que seria. É como se fosse melhor. É como se fosse só o começo de algo inimaginável... É como se eu soubesse que o melhor está por vir.



... ou se é você que anda sempre na minha direção.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Afinal... a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas...






Às vezes precisamos tentar entender o jeito diferente que as pessoas tem de nos amar.
Algumas demonstram o afeto de longe. Algumas nos admiram, mas não sabem dizer com palavras o que está no coração. Algumas ainda demonstram o contrário... Mas vai ver que pra elas o contrário é o lado certo. Talvez se tivermos paciência de olhar no fundo dos olhos de cada uma delas, conseguiremos entender o gesto de amor invisível a olho nu.  Reconhecer as ações milimétricas da vida pode ser mágico. Pode ser que tentar amar, seja da forma que for, seja da forma que conseguirmos, valha a pena algum dia. 

... E eu aposto o oposto que vou cativar a todos sendo apenas um sujeito simples... 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013



Gosto tanto de dizer. De escrever ...
Mas o que eu gosto mesmo é de ficar sem palavras.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sobre o que nos inspira e o que nos transborda...




Penso que foi ela quem me fez virar artista. Porque a arte não é profissão. Arte é questão de sobrevivência... E a arte nada mais é do que um olhar apaixonado e profundo sobre as coisas banais da vida. Foi ela quem fez uma explosão de cores, tonalidades, sabores, cheiros, palavras... E quando misturei tudo, fui tomado por um ímpeto criativo. Escrevi poesias com pinceis e tinta. Compus uma ópera com formas e novas cores que inventei a partir do brilho daquele olhar. Olhar que me dizia tanto e me entregava pronta toda a minha obra. (volta à tristeza) Mas a vida dela era coisa demais. Era tudo tanto e tão intenso que durou o tempo de um amor de verão. (pausa) Ela se foi. Deus a quis para si, talvez para que ela pudesse inspirá-lo a modificar o que há de triste no mundo. E a partir daí... Tudo virou neblina. Nada mais tem cor.